Ausência de estrutura na ponte sobre o Rio Paraguai mobiliza Casa de Leis

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Assembleia Legislativa realizou debate com representantes da Concessionária Porto Morrinho
29/06/2017 - 18:10 Por: Christiane Mesquita    Foto: Wagner Guimarães

Na tarde desta quinta-feira (29/6), a Assembleia Legislativa realizou um debate no Plenarinho Deputado Nelito Câmara com os representantes da Concessionária Porto Morrinho, responsável pela exploração da ponte sobre o Rio Paraguai, no município de Corumbá. O evento proposto pelo deputado estadual Beto Pereira (PSDB) esclareceu os pontos onde faltam manutenção ao longo da ponte, que sofre com colisões de barcaças e tem um dos pilares sem uma estrutura de proteção, que é denominada dolfim.

Beto Pereira comentou sua participação na audiência pública em Corumbá, motivo do debate levantado hoje na Assembleia Legislativa. “A audiência pública promovida pela Câmara de Vereadores de Corumbá, proposta pelo vereador Domingos Albaneze, tratou da questão da segurança da ponte sobre o Rio Paraguai, devido a ausência de um dolfim, estrutura de proteção. Acendeu então um sinal de alerta para a questão da segurança dessa importante obra de engenharia e escoamento de safras, além do acesso à duas cidades importantes do Estado, Corumbá e Ladário”, relatou.

O vereador de Corumbá, Domingos Albaneze (PV), comentou sobre a audiência pública realizada em Corumbá e a Concessionária Porto Morrinho. “Há muito tempo nos preocupamos com as pontes do Rio Paraguai, no município de Corumbá, que na verdade são três; a ponte rodoviária, que é a que nos traz mais preocupações, a ferroviária, que é próxima da ponte rodoviária, e outra que também nos traz essa mesma preocupação, que é a ponte de captação de águas de Corumbá, o nosso cartão postal. A ponte rodoviária preocupa pelo volume de pessoas que ali transitam, podendo nos causar um isolamento que nos apavora. Existe a diferença do certo e do justo, a Concessionária está certa, pois no contrato não prevê a responsabilidade deles, mas eu vejo o dolfim como parte da ponte. Jamais poderia ter sido feito um contrato sem ele fazer parte do patrimônio”, ressaltou.

Wolney Azevedo Freire, diretor executivo da Concessionária Porto Morrinho, assegurou que a empresa está buscando uma solução para o problema. “Apresentamos hoje aqui um volume muito grande de documentos, conversas, ofícios, cartas e atas de reuniões mantidas nas mais diversas esferas, até no Ministério dos Transportes. Então, agora, o que a gente se propõe a fazer é o que já manifestamos por escrito dizendo que a Concessionária tem capacidade técnica e financeira para reconstruir o Dolfin, mas é preciso que nos seja dado essa autorização ou essa responsabilidade. Essa ponte existe desde 2001 e ela teve dois acidentes causados por não cumprimento de normas da Marinha. A ponte suportou um impacto de grande magnitude no primeiro acidente, mas não há risco dela cair e sim de operações que dificultam a vida de quem usa a ponte, com a ocorrência de outros acidentes”, constatou.

O proponente do debate enumerou os encaminhamentos desta reunião. “Estamos aguardando uma audiência que vai ocorrer na próxima semana com o Ministério Público Federal, em que participarão o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes, a Secretaria de Estado de Infraestrutura, a Concessionária Porto Morrinho, e outros atores envolvidos, se lá não houver uma decisão com data e prazo para a realização das obras, nós estaremos tomando uma iniciativa aqui na Assembleia Legislativa, a instalação de uma CPI ou uma Comissão Permanente para o acompanhamento da obra, ou alguma outra ação junto ao governo do Estado para que isso seja sanado e a população tenha tranqüilidade”, explicou Beto Pereira. Também participou do debate o engenheiro da Concessionária Porto Morrinho, André Rodrigo Garcia.

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