João Grandão questiona divulgação de foto de traficantes com camisetas Lula Livre

Imagem: Deputado quer ter a certeza que cena não foi montada para constranger partido político
Deputado quer ter a certeza que cena não foi montada para constranger partido político
12/06/2018 - 12:43 Por: Fernanda Kintschner   Foto: Luciana Nassar

O deputado João Grandão, líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, subiu à tribuna durante sessão ordinária desta terça-feira (12) para externar sua preocupação quanto à divulgação de foto de traficantes presos, vestidos de camisetas com os dizeres “Lula Livre”, supostamente, com créditos da Secretaria de Segurança Pública (Sejusp).

Segundo o deputado, as fotos aparentaram uma situação de constrangimento político, pois “de forma estranha, parece que os elementos foram obrigados a colocarem as camisetas, que não estavam com aspectos de usadas”. Ainda de acordo com Grandão, o caso ocorreu na MS-164, entre Sidrolândia e Maracaju, com apreensão de quilos de maconha e skank e a ocorrência encaminhada para a Delegacia de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron).

“Não estamos julgando ninguém, mas queremos que os fatos possam ser apurados, pois as camisetas não estavam nem amarrotadas e, de repente, as partes nem sabiam que as fotos iam ser divulgadas, mas viralizou na internet. Isso só cria um acirramento político, de desrespeito às leis e aos partidos de forma inadmissível. Assim como queremos ter a certeza que isso não seja montado para constranger nenhum partido, queremos ter a certeza que policiais também não estejam envolvidos nisso. Hoje esse desrespeito está acontecendo com o PT, mas amanhã pode ser com qualquer outro”, ressaltou.

Grandão irá protocolar pedidos de informações para que a Secretaria de Segurança Pública investigue o caso. O deputado Barbosinha (DEM) concordou com a investigação. “Inclusive seria interessante ouvir os presos, quem sabe até eles usaram essas camisetas para criar um álibi e despistar que estariam fazendo outro serviço em vez de traficando. Agora criar uma conotação política proposital por parte dos policiais eu refuto qualquer hipótese dessa natureza. Vamos sim pedir explicações dessa história, pois tenho certeza que um policial não deve ter pedido para que vestissem”, considerou o deputado que já atuou como secretário estadual de Segurança Pública.

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