Após audiência de retenção de macas, Siufi fará representação junto ao Ministério Público

Imagem: O deputado entrará com a representação na segunda-feira (3/12).
O deputado entrará com a representação na segunda-feira (3/12).
30/11/2018 - 22:55 Por: Beatriz de Almeida   Foto: Beatriz de Almeida

O presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa e proponente da audiência pública “Retenção de Macas nas Unidades de Pronto Atendimento nos Centros de Saúde e Hospitais da Capital”, Dr. Paulo Siufi, fará representação junto ao Ministério Público  para que verifique o motivo da corporação do Corpo de Bombeiros só ter duas viaturas de resgate quando deveriam ter no mínimo sete, e convocará o Secretário de Justiça e Segurança Pública para que forneça explicações. Esses são os encaminhamentos da audiência realizada hoje (30/11), no Plenarinho da Assembleia Legislativa.

“Acredito que o Ministério Público  cobrará de imediato um posicionamento a respeito da saúde do nosso estado que não tem funcionado”, explicou o Deputado.

De acordo com o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS), Huesley Paulo da Silva, no mês passado foram retidas 94 macas da corporação.

Para a Coordenadora-Geral do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Vânia Esteves Silva, a retenção de macas no estado é um problema crônico, reflexo de outros problemas na área da saúde, como a falta de leitos. “Em agosto tivemos 127 macas retidas, setembro 108 e mês passado 145, sendo que elas ficam de 1h à 20h nos locais“, relatou.

A Promotora de Justiça Dra. Daniela Cristina Guiotti, da 32ª Promotoria de Justiça de Saúde Pública de Campo Grande, esclareceu que a retenção de macas é um antigo problema que o MPMS tem acompanhado, sendo objeto de inquérito civil.

“O problema decorre pela falta de leitos. Entramos com uma ação pública em 2014, nesses 4 anos o que houve foi a diminuição de leitos. Acredito que se não houver por parte do gestor público compromisso de implementação de leitos nas unidades de saúde a situação irá se agravar. Precisamos conceder ao cidadão o mínimo de humanidade”, afirmou.

Estiveram presentes os representantes do Ministério Público (MPMS), Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Campo Grande, que expuseram a situação, além dos representantes do Hospital Universitário, Santa Casa, Hospital Regional, Secretaria Municipal de Saúde e vereador de Campo Grande.

 

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