“Tudo a favor do debate, nada a favor da violência”, diz Amarildo sobre ato de deputado

Imagem: Amarildo pediu à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul a verificação de quebra de decoro parlamentar
Amarildo pediu à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul a verificação de quebra de decoro parlamentar
18/05/2022 - 11:14 Por: Heloíse Gimenes   Foto: Luciana Nassar

Na sessão ordinária desta quarta-feira (18), os deputados Amarildo Cruz e Pedro Kemp, ambos do PT, lamentaram a conduta do colega João Henrique (PL), que efetuou disparos de pistola em um estande, durante a votação de ontem do  Projeto de Lei 417/2021, que reconhece o risco da atividade de atirador desportivo no Estado.


Pedro Kemp pediu à Corregedoria da Casa que averigue

Amarildo e Kemp pediram à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) a verificação de quebra de decoro parlamentar. “Entendo que no limite da democracia, do bom senso e da natureza da nossa função, é fundamental preservarmos o debate e o direito ao contraditório. A posição do deputado João Henrique, ao manifestar seu voto descarregando uma arma no alvo, dizendo que era para advertir o comunismo, nos causa indignação. Tudo a favor do debate, nada a favor da violência. Essa postura é lamentável, condenável”, afirmou Amarildo.


João Henrique se defendeu na tribuna

Kemp pediu que a Corregedoria da Casa de Leis, com base no artigo 367 do Regimento Interno, averigue o comportamento do colega. “Não podemos banalizar o Parlamento, foi quebrada a liturgia do nosso cargo e desrespeitada a população”, destacou. João Henrique fez uso da palavra para agradecer os votos para aprovação do projeto e reiterou que tem porte de armas.

“A Constituição Federal estabelece a competência para legislar sobre o desporto, que eu, em sessão remota, estava demonstrando, como muitos parlamentares já fizeram em outros segmentos que participam. Tenho porte de armas e, hoje com 34 anos, nunca me levou a agredir uma pessoa, seja homem ou mulher”, disse João Henrique.   

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