Rota Bioceânica: Mato Grosso do Sul é ponto estratégico para quatro países

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Em coletiva de Imprensa, ministro, governador e parlamentares ressaltaram a posição estratégica do estado
26/05/2022 - 12:03 Por: Fernanda Kintschner   Foto: Wagner Guimarães

A importância de Mato Grosso do Sul para o sucesso da integração da Rota Bioceânica ficou clara na manhã de debates do 1º Fórum Integração dos Municípios do Corredor Bioceânico, realizado a partir desta quinta-feira (26), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS).

Na coletiva de encerramento do primeiro período, presidente da ALEMS, Paulo Corrêa (PSDB), governador do estado de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB) e o senador Nelsinho Trad (PSD), quem está fazendo a interlocução junto ao Governo Federal, foram unânimes em destacar a relevância do estado na integração de Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, os quais estão unidos para a realização de obras e acordos comerciais para facilitar importações e exportações da América do Sul com os países asiáticos.


Arte: Gustavo Del Pino

Junto a eles, o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, disse que o Mato Grosso do Sul é um estado estratégico para a integração e implementação do corredor. “Ano passado o Brasil exportou mais para a Ásia do que à Europa. A saída pelo Pacífico é natural ao comércio exterior do Brasil e para isso precisamos tanto fazer as obras físicas, como harmonizar os tratados que nós já temos no Mercosul e outros instrumentos muito modernos, como o acordo de livre comércio entre Brasil e Chile. Para tanto, precisamos de normas que permitam livre trânsito dos caminhões das mercadorias que vão ser escoadas. O mundo de hoje exige competitividade e isso exige uma logística muito completa e o Mato Grosso do Sul está vocacionado para isso”, ressaltou.

O governador Reinaldo Azambuja concordou. “O corredor rodoviário, as hidrovias e as pontes fazem do Estado um local de fluxo contínuo de cargas. Precisamos de preços mais competitivos, pois já somos grandes exportadores e importadores também, compramos muito de fora. Tenho certeza que com o Fórum vamos melhorar os tratados para o ‘ir e vir’, pois as obras já estão caminhando, aquilo que era sonho é realidade. Agora é finalizar as questões aduaneiras. Tudo vai melhorar na economia, mas também no Turismo e na Cultura”, considerou. Uma das obras é a ponte sobre o Rio Paraguai, em Porto Murtinho (BR), no valor de U$ 102 milhões, para ligação com o Carmelo Peralta (PY).

A diplomacia entre os países foi exaltada pelo senador Nelsinho Trad. “Para que as obras e acordos comerciais existam é preciso o diálogo nacional e internacional. O sucesso desse projeto depende da governança dos envolvidos. A nossa intenção é que esse projeto ganhe mais voz nos Parlamentos dos quatro países, para gerar desenvolvimento principalmente nesse momento pós-pandemia, que precisamos impulsionar a economia”, destacou o senador que preside a Frente Parlamentar Internacional da Rota Bioceânica.

Segundo a Frente, 23 municípios de Mato Grosso do Sul (perto de 30% do total) deverão ser beneficiados pela Rota Bioceânica. Diretamente, o corredor rodoviário incluirá oito municípios (Porto Murtinho, Jardim, Caracol, Bela Vista, Guia Lopes da Laguna, Nioaque, Sidrolândia e Campo Grande) e interferirá nas atividades de outros 15 (Nova Alvorada, Terenos, Jaraguari, Bandeirantes, Ribas do Rio Pardo, Aquidauana, Anastácio, Dois irmãos do Buriti, Bonito, Ponta Porã, Dourados, Rio Brilhante, Maracaju, Itaporã e Antônio João).


Arte: Gustavo Del Pino

A posição estratégica do estado também foi enaltecido pelo presidente da ALEMS na coletiva. “Esse corredor vai unir o escoamento dos produtos e a gente tem muito a agradecer a todos. Está acontecendo uma coisa histórica no Mato Grosso do Sul, um grande evento no sentido de clarearmos o que vamos trabalhar daqui para frente. Só esse assunto alfandegário, por exemplo, temos que acertar isso. Antes levava 30 horas para liberar caminhões bitrens, agora conseguimos encurtar para duas horas. Trabalharmos em sintonia para aprovar as legislações é o que precisa agora. Quanto mais ágil formos, melhor vai ser. O que precisar de instrumento legal estaremos aqui”, ressaltou.

Organizado pelo Ministério das Relações Exteriores e realizado pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, em conjunto com o Governo do Estado, a Frente Parlamentar Internacional do Corredor Bioceânico e a Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul), o 1º Fórum “Integração dos Municípios do Corredor Bioceânico’’, que acontece na Casa de Leis nos dias 26 e 27.

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