Programa Vida Saudável fala nesta edição sobre a hanseníase

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Nos últimos dez anos, foram diagnosticados cerca de 300 mil novos casos no Brasil
27/06/2022 - 07:52 Por: Regiane Ribeiro   Foto: Divulgação Rádio ALEMS

A hanseníase é considerada uma doença crônica e infecciosa. Nos últimos dez anos, foram diagnosticados cerca de 300 mil novos casos no Brasil, o país é o segundo no ranking mundial e fica atrás apenas da Índia, já Mato Grosso do Sul é a sétima unidade da federação com mais incidência da doença. Para falar sobre a hanseníase, o programa Vida Saudável da Rádio ALEMS, conversou nesta edição com o coordenador nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Artur Custódio.

O coordenador nacional Morhan, explica durante o bate-papo que nos últimos anos houve uma redução nos registros de casos da hanseníase, mas que essa diminuição, infelizmente, não pode ser comemorada. "Significa que, por conta da paralisação de políticas públicas devido à pandemia da covid-19, novos casos deixaram de ser registrados e, assim, pessoas que deveriam estar em tratamento ainda não foram sequer diagnosticadas. Sem tratamento, os casos não identificados correm risco de desenvolver um quadro de sequelas físicas irreversíveis”.

Artur Custódio enfatiza que a entidade tem buscado desenvolver ações voltadas para a eliminação da hanseníase, e tem percorrido todo Brasil. “A hanseníase tem cura. Os portadores da doença que, até a década de 70, eram excluídos do convívio social e condenados ao confinamento em colônias, hoje recebem remédios de graça e se tratam em casa, com acompanhamento médico nas unidades básicas de saúde. O tratamento dura, em média, entre seis meses e um ano, e o diagnóstico precoce é fundamental”, pontua.

Em Mato Grosso do Sul o Poder Legislativo tem atuado para colocar o assunto em discussão, está tramitando na Assembleia Legislativa (ALEMS) uma proposta que institui no Estado a Política de Educação Preventiva contra a Hanseníase e de Enfrentamento ao Preconceito, de autoria do deputado Nenp Razuk (PL). “O apoio do Poder Legislativo é fundamental para trazer esse assunto à tona novamente, pois precisamos de políticas públicas que priorizem o enfrentamento deste problema. Caso isso não ocorra, as consequências serão drásticas e afetarão milhares de pessoas”.

Para ouvir o Programa Vida Saudável basta acessar a Rádio ALEMS, clicando aqui.

Sinais da hanseníase

Os sinais e sintomas da hanseníase estão localizados principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, nas costas, nas nádegas e nas pernas. Abaixo segue as características mais comuns da hanseníase:

Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo;

Área de pele seca e com falta de suor;

Área da pele com queda de pelos, mais especialmente nas sobrancelhas;

Área da pele com perda ou ausência de sensibilidade. Neste caso, pode ocorrer de uma pessoa se queimar no fogão e nem perceber, indo verificar a lesão avermelhada da queimadura na pele mais tarde;

Parestesias (sensação de formigamento na pele, principalmente das mãos e dos pés);

Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas;

Edema ou inchaço de mãos e pés;

Diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos;

Úlceras de pernas e pés;

Nódulos (caroços) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos;

Para mais informações sobre a hanseníase, você pode entrar em contato pelo disque ZapHans- (21) 97912-01-08.

Permitida a reprodução do texto, desde que contenha a assinatura Agência ALEMS.
Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.