Cancelada audiência pública ‘Escola sem Partido’

Imagem: Audiência Pública 'Escola sem Partido' foi cancelada devido aos protestos no plenário
Audiência Pública 'Escola sem Partido' foi cancelada devido aos protestos no plenário
19/10/2017 - 17:12 Por: Alessandro Perin   Foto: Wagner Guimarães

A Audiência Pública ‘Escola sem Partido’, que estava prevista para a tarde desta quinta-feira (19/10), no plenário da Câmara Municipal de Campo Grande, teve que ser encerrada sem que os integrantes da mesa pudessem realizar o debate de ideias devido a protestos no local. O evento foi uma proposição da deputada Mara Caseiro (PSDB) e dos deputados Dr. Paulo Siufi (PMDB), Maurício Picarelli (PSDB), Coronel David (PSC) e Lidio Lopes (PEN), realizado pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul em parceria com o Instituto Iniciativa.

“Tentamos realizar o debate de ideias, mas fomos impedidos. Cercearam o direito do parlamento de discutir o assunto. O que aconteceu foi uma falta de respeito às autoridades. Foi uma tentativa de audiência pública. O que nós presenciamos hoje me dá a certeza de que temos que tomar uma providência urgente e imediata, para que esse projeto seja aprovado. Não podemos aceitar que as pessoas que deveriam estar educando sejam as mesmas que participem desses protestos e nos impeçam de debater. Muito triste. Tentamos expor um projeto que entendemos que não é para trazer malefícios e sim benefícios para a comunidade”, comentou a parlamentar.

Projeto – Os propositores do debate são autores do Projeto de Lei (PL) 191/2017, que defende a neutralidade política, ideológica e religiosa no ambiente escolar, garantindo a liberdade do aluno em aprender e formar consciência própria. Em Mato Grosso do Sul, a mobilização favorável à proposta é liderada pelo Instituto Iniciativa, representado pelo arquiteto e urbanista Pietro Decenzo, presidente da entidade.

A intenção do PL é impedir a doutrinação política, religiosa e de gênero nas escolas. “Não existe nenhuma censura, o projeto propõe a fixação de cartazes nas salas de aula, para que o professor quando for falar sobre política religião ou questão de gênero, apresente todas as opções ideológicas e não a sua preferência”, defende Mara Caseiro.

 

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