Dia da Independência: A importância da democracia e da liberdade a um país

Imagem: Em construção, a jovem democracia brasileira se alicerça na Constituição, no voto e na autonomia dos Poderes constituídos
Em construção, a jovem democracia brasileira se alicerça na Constituição, no voto e na autonomia dos Poderes constituídos
06/09/2022 - 11:48 Por: Fernanda Kintschner   Foto: Wagner Guimarães / Arquivo ALEMS

A liberdade de escolha de seus governantes é um dos marcos da democracia. Esse direito, reconquistado após um duro período de Ditadura Militar, deve ser enaltecido em um país que sente há tão pouco tempo o gosto da independência. Em 7 de setembro de 2022, o Brasil comemora 200 anos que não é mais uma colônia de Portugal, ou seja, desde o descobrimento, é uma nação com mais anos de submissão e exploração do que de liberdade. 

“Quando a gente consegue se libertar de Portugal, temos que entender que isso é feito com muito esforço, à base de muitas rebeliões, não só com o grito de Dom Pedro. Foi todo um processo de se firmar como um país, na defesa de seus interesses e de sua soberania. A gente nasce com uma grande contradição, porque quem proclama cria um poder moderador, mantendo o poder de imperador e uma Constituição que, ao mesmo tempo em que falava em liberdade, previa escravização das pessoas e voto somente aos que possuíam plantações, provassem decência e subsistência. Ao longo dos anos temos avanços como, por exemplo, a democracia. Por isso, nessas datas é importante fazer esse balanço, de onde a gente vem e como chegamos até aqui”, explicou o gerente da Escola do Legislativo Senador Ramez Tebet, Ben-Hur Ferreira, que é professor, advogado e filósofo. 


Arte: Gustavo Del Pino / ALEMS

Em 15 de setembro também comemoramos o Dia Internacional da Democracia. A democracia moderna, como a conhecemos hoje, é pautada pela representação dos três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. A soberania passou a ser vinculada ao povo e não mais a um rei/rainha e assim o voto, sufrágio universal, dá à sociedade o direito de escolher quem comandará o país.

Em um ano eleitoral, em que poderemos exercer a cidadania por meio das urnas, o Tribunal Superior Eleitoral reforça a confiabilidade do sistema brasileiro e lança um número de WhatsApp para esclarecer dúvidas sobre as eleições em tempo real (aponte a câmera do celular para o QR-Code ao lado, que você será redirecionado).


Sophia votará pela 1ª vez este ano.

Foto: Arquivo pessoal. 

Pela primeira vez usando seu direito de votar, Sophia Jorge Kageyama, de 16 anos, falou da emoção de participar das eleições de 2022. “Eu quero aproveitar, até porque é uma pessoa que ficará quatro anos no Poder, então quero eleger alguém que me represente. Não domino muito sobre política, mas quis tirar o título, justamente, para ter esse incentivo. Para que eu pudesse entender mais, pesquisar mais, para conseguir votar sabendo o que eu estou fazendo. Dá um pouco de medo, porque ficamos meio indecisos, pois nem sempre concordamos 100% com o candidato, mas minha família me incentivou muito a ir votar. Nesse processo você aprende sobre a história do seu país, sobre as necessidades da população, então entendi como uma relação mútua de ajudar Brasil e aprender mais sobre onde você vive”, considerou.

Sophia, assim como os demais brasileiros, não precisa mais levar o documento impresso na hora de votar. Com o aplicativo E-Título, você pode obter a via digital, que dispensa a apresentação do original. O aplicativo é gratuito e disponibiliza uma série de informações e de serviços – acesse aqui. As eleições serão no dia 2 de outubro e este ano será possível escolher também quem atuará pelo Poder Legislativo Estadual. Entenda mais sobre este trabalho parlamentar revendo essa matéria especial.


Arte: Gustavo Del Pino / ALEMS

Fato e Fake

A democracia e a independência também são reforçadas pelo papel da imprensa, que coexiste, justamente, devido aos tempos de liberdade de expressão. Porém há muita desinformação circulando na rapidez que o avanço da internet proporcionou à comunicação.

Diferenciar o que é fato do que é fake news mobilizou a Justiça Eleitoral a compor o site Fato ou Boato, que disponibiliza um filtro de checagens para o esclarecimento de informações falsas que circulam sobre as eleições. Todavia, se você tem dúvida se testemunhou alguma irregularidade, é possível falar diretamente com o Tribunal Regional Eleitoral de MS, antes de propagar a informação.

Espalhar notícias falsas pode ser considerado crime no Brasil. O Código Penal prevê três configurações de crimes ligados a boatos e mentiras, os chamados crimes de honra. São eles: calúnia, difamação e injúria.  

Já as condutas vedadas aos agentes públicos, como possível compra de voto e outros crimes eleitorais, deverão ser denunciadas diretamente ao Ministério Público Estadual, por este link.

Permitida a reprodução do texto, desde que contenha a assinatura Agência ALEMS.
Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.