Deputado propõe lei que proíbe uso de fogos de artifício sonoro em MS

Imagem: Parlamentar explica que barulho causado pelos artigos pirotécnicos é nocivo a pessoas com transtorno de espectro do autismo, entre outros
Parlamentar explica que barulho causado pelos artigos pirotécnicos é nocivo a pessoas com transtorno de espectro do autismo, entre outros
26/04/2021 - 11:22 Por: Cristina Medeiros – Assessoria de Comunicação   Foto: ALEMS

Eles sobem aos céus multicoloridos porém, muito além do espetáculo de cores, os fogos de artifício com efeito sonoro/estampidos interferem diretamente, e de forma prejudicial, na saúde e comportamento de crianças portadoras de TEA (Transtorno do Espectro Autista), dos animais, idosos e convalescentes.

Por isso, o deputado João Henrique (PL) apresentou na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul um projeto de lei que restringe o uso de fogos de artifício no Estado. Pela proposta, o manuseio, a utilização, a queima e a soltura de fogos de artifícios com efeito sonoro/estampidos, assim como de quaisquer artefatos pirotécnicos de efeito sonoro ruidoso, devem ser proibidos. 

Segundo o deputado, os fogos e rojões com efeitos sonoros causam problemas auditivos gerados pelos estampidos. Eles provocam estresse nas crianças, incomodam quem está dormindo e pessoas em hospitais. Podem causar ataque epilético, ataque cardíaco e desnorteamento. Além disso, o barulho causado pelos fogos de artifício é nocivo às pessoas com transtorno do espectro autista”. 

No projeto, ele explica que a poluição sonora advinda da explosão de fogos de artifício pode alcançar de 150 a 175 decibéis, isto é, cerca de duas vezes mais do que o limite suportável pela maioria da população autista.

No caso dos animais, tanto de rua quanto domésticos, o deputado João Henrique lembra que o barulho dos fogos os deixa estressados e ansiosos. “No desespero de fugir do barulho, eles podem ficar desnorteados, agressivos e se machucarem. Podem ainda sofrer ataques cardíacos, convulsões e ter a audição prejudicada”, lembra.

O projeto passará pela CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação) e, caso aprovado, seguirá para votação em plenário.

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