Assembléia realiza audiência sobre o Hospital Regional nesta quarta-feira

27/04/2004 - 18:30 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<P>Nesta quarta-feira, a partir das 14h, a Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul vai discutir o "Alto Padrão Tecnológico, Profissional e Humanizado do Hospital Regional", durante audiência pública no plenário Júlio Maia. O evento será presidido pelo deputado estadual Paulo Corrêa (PL).</p>

<P>O diretor-presidente do Hospital Regional, Salvador Arruda, diz que este será o momento para a instituição mostrar o trabalho para a sociedade. "Nossa função como gestor público inclui prestar contas com a sociedade, mostrando onde está sendo investido o dinheiro público. Durante a audiência vamos apresentar tudo aquilo que fizemos e os resultados alcançados", afirma. E, segundo Arruda, não são poucos os resultados positivos. O hospital que funciona totalmente com recursos públicos, principalmente do Governo Popular e do Sistema Único de Saúde - SUS, tem ampliado o número de leitos, adquirido equipamentos modernos, implantado programas sociais para internos e funcionários e atendido um número maior de pacientes.

<P>Para agilizar o tratamento do Hospital Regional foi criada uma triagem médica que tem a função de recepcionar o paciente e encaminha-lo para o tratamento no ambulatório ou no pronto-socorro. A diretoria destaca que dessa forma a qualidade no atendimento e tratamento aumenta porque diminui-se o tempo de espera. Só no ano passado foram 1.500 atendimentos e neste ano já ocorreram 6 mil.

<P>Pensando em reduzir o tempo de espera pelo atendimento e evitar filas, o hospital implantou um programa de tele-atendimento para agendar consultas. A enfermeira Lígia Fernandes Nantes explica que os dois atendentes foram insuficientes para a quantidade de ligações e o programa hoje conta com seis atendentes com a expectativa de ampliar para 10. "Com esse serviço as pessoas podem marcar consultas sem sair de casa. Dessa forma quem é do interior e da Capital não tem prejuízo com uma eventual visita ao hospital somente para marcar um horário com algum especialista", diz a enfermeira. O telefone para marcar consultas é o 378-2670. O tempo de espera para a consulta é de uma semana, avaliado como pouco pelo diretor-presidente considerando que o hospital atende somente pelo SUS. A ampliação também é uma necessidade do Hospital Regional, visto que, durante o período da manhã as linhas telefônicas ficam congestionadas. A enfermeira Lígia Nantes informa que foram marcadas 5.730 consultas pelo sistema de tele-atendimento desde a sua implantação.

<P>O Regional cobre atualmente 21 especialidades médicas, atendendo todas as exigidas pelo Conselho Federal de Medicina, como acupuntura, oftalmologia, ortopedia, cardiologia, otorrinolaringologia, entre outras.

<P>Outro aspecto que a diretoria vai apresentar durante a audiência pública na Assembléia Legislativa serão os equipamentos. Nos últimos meses novos equipamentos foram adquiridos e instalados. "Nós fizemos um estudo e constatamos que a população necessitava de muitos tratamentos feitos com maquinário. E o Governo Popular nos contemplou bastante com isso", diz Salvador Arruda. Equipamentos de ultra-som, mamografia e ecocardiografia são os melhores do Estado. Quanto ao aparelho para neurocirurgia a laser Arruda explica que existe somente um igual no Brasil.

<P>Entre os setores com melhores equipamentos está a recém-inaugurada UTI Neo-Natal. Faltando apenas recursos humanos para funcionar completamente, a área vai contar com oito leitos além de outros 12 para Unidade Intensiva de Tratamento, utilizados para atender recém-nascidos e bebês prematuros. A enfermeira Márcia Estela diz que os bebês sadios serão levados para a unidade conjunta onde poderão continuar com a mãe.

<P>A preocupação com o ser humano desde o nascimento até os primeiros anos, fez com que o Hospital ganhasse o selo "Hospital Amigo da Criança". Um exemplo disso é o setor de oncologia, que conta com um serviço especial disponível para crianças com câncer. É o Centro de Tratamento Onco-Hematológico Infantil - CETOHI que entre outros projetos tem uma brinquedoteca. Segundo a psicóloga responsável pelo CETOHI, Elaine Cristina Guerra, as tarefas desenvolvidas consistem em trazer conforto às crianças. "Trabalhamos para que a criança com câncer não deixe de ser criança. Proporcionamos atividades que a criança tinha antes da internação, como brincar. Dessa forma, minimizamos o sofrimento", explica. A criança em fase escolar continua tendo acompanhamento educativo no local e as psicólogas e assistentes sociais também acompanham a família durante a internação.

<P>O trabalho na brinquedoteca é feito com funcionários do Hospital Regional e voluntários. "Eles têm papel imprescindível na recuperação da criança pois ajudam na melhoria da auto-estima", diz Elaine Cristina Guerra. A voluntária Tatiana Agnelli de Sousa explica que é satisfatório acompanhar a recuperação. "A nossa recompensa é ver o sorriso de cada criança e sabermos que fomos capazes de diminuir o sofrimento e acompanharmos a recuperação de uma criança", afirma. Ela explica que para se tornar voluntária foi necessário preencher uma ficha na Associação dos Amigos das Crianças com Câncer - AACC e participar de reunião com psicólogos. Só depois desse processo foi definido o local onde iria atuar. Espontaneidade e dinamismo são características importantes para se integrar ao grupo de voluntários.

<P>Atualmente o Hospital Regional conta com o auxílio de mais de 300 voluntários que trabalham quatro horas por semana. O CETOHI recebe também outras ajudas através de parcerias. Entre elas a Fundação Banco do Brasil, que já doou armários, o Tucca que contribui com medicamentos e instalou a copa no setor, e a AACC que disponibiliza uma casa de apoio para mães de outras cidades do Mato Grosso do Sul podem ficar gratuitamente durante o tratamento da criança. Além disso, existem contribuições individuais da população.

<P>"Com o desenvolvimento do Tratamento Humanizado, nós constatamos que os funcionários trabalham mais felizes e dinâmicos. Nós procuramos deixar bem claro para cada um que todos os dias ele trabalha para salvar vidas e que não existe nada mais nobre para qualquer pessoa", garante Francisco Teixeira, coordenador de Desenvolvimento Potencial Humano do Hospital Regional. Para que o trabalho seja eficaz são realizadas reuniões com psicólogos e assistentes sociais, terapia de grupo e palestras com vários tipos de especialistas.

<P>Os funcionários do Regional ainda participam de cursos de humanização, motivação, liderança, planejamento estratégico, além de treinamento em áreas médicas específicas. "Isso faz com que os médicos estejam capacitados e em constante atualização", diz o coordenador.

<P>"O objetivo desse trabalho é mostrar para a sociedade que o Hospital Regional é referência não só para Campo Grande, mas para o Mato Grosso do Sul. E, em alguns aspectos, para o Brasil", conclui Francisco Teixeira.



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