Teruel diz que governo sofre com a resistência de setores da sociedade

27/04/2004 - 15:34 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p>O deputado estadual Pedro Teruel-PT, presidente da Comissão de Trabalho, Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, afirmou na tarde dessa segunda-feira, durante audiência pública que discutiu “Abastecimento e Segurança Alimentar”, que há terra suficiente em Mato Grosso do Sul para que a agricultura familiar consiga abastecer toda a população. “Temos terras, bom clima, mão de obra e demanda de consumo, só não temos produção. As medidas dos últimos governos conseguiram atender somente aos produtores de soja, milho e algodão. Pouco foi feito para os pequenos produtores”, disse Teruel.
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Um dos maiores problemas para o trabalho no campo, segundo o deputado, é a falta de assistência técnica. Como solução Pedro Teruel sugeriu que órgãos municipais e institutos de pesquisa orientem os agricultores e acompanhem a produção. O presidente da Comissão de Trabalho, Cidadania e Direitos Humanos considerou os programas assistenciais Bolsa Escola e o Segurança Alimentar como importantes para suprir as necessidades. “Mas é muito importante desenvolvermos projetos que façam com que essas famílias beneficiadas consigam gerar renda através do trabalho. O número de pessoas atendidas pelos programas sociais pode revelar dificuldades na capacidade de geração de empregos. Tenho a certeza que o Governo Popular tem trabalhado pela criação de postos de trabalhos”, proferiu o deputado.
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As propostas de geração de emprego, renda e produção estão sendo levadas por Teruel a Brasília nas discussões do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República – CDES, que tem a função de assessorar o presidente Lula na elaboração de diretrizes e políticas de alternativas econômicas para o Brasil, sempre ouvindo a sociedade. “Nós temos notado que o governo federal tem demonstrado boa vontade para solucionar essa questão, mas enfrenta a resistência de setores da siderurgia e do sistema financeiro. A proposta do governo é reduzir a carga tributária sobre a contratação de funcionários e a desoneração gradual da folha de pagamento, o que gera mais empregos e consequentemente aumento da produção. Mas para essas entidades é, que representam setores que tem um faturamento muito alto e uma folha de salários muito baixa, o interesse é manter como está ao invés de passar a tributação que incide sobre a folha de salários baixa para o faturamento ou lucro que é alto”, disse o deputado. Outro fator citado como um empecilho para a geração de emprego no Brasil é a Cofins - Contribuição Para o Financiamento da Seguridade Social. “Essa é uma taxa que pesa no setor que mais gera emprego no país, o setor de prestação de serviços. Com o aumento do imposto de 3% para 7,6% sobre o faturamento da empresa o processo de desenvolvimento será dificultado”, explicou Teruel.
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