<P><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>Em reunião realizada esta tarde na Assembléia Legistativa pela Comissão de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Agrário, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Campo Grande, Marinalva Maria de Oliveira, denunciou a venda ilegal de lotes em assentamentos do Estado, com a anuência do Incra-MS. A reunião foi presidida pelo deputado Paulo Corrêa (PL) e contou com a presença do deputado Zé Teixeira (PFL) e do presidente do Movimento Nacional de Produtores, João Bosco Leal, que também é integrante da Ouvidoria Agrária Estadual. </FONT></P><P><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>A reunião foi convocada a pedido do deputado Zé Teixeira, que levou o problema ao plenário, citando uma matéria publicada no jornal O Estado de São Paulo, na semana passada ("Área em Mato Grosso do Sul vale até R$ 50 mil" - 18/04). De acordo com a matéria, os lotes estão sendo vendidos por preços que variam entre R$ 15 mil e R$ 50 mil. Marinalva também foi entrevistada e afirmou que "sabe de prefeitos e vereadores que compraram lotes do Incra, com testas de ferro". O vice-superintendete regional do Incra, Valdir Périus, disse ao Estadão que Marinalva comprou seu lote. Ela nega. Afirma que foi indicada pela CUT para ocupar o local, antes que fosse vendido a outro testa de ferro. </FONT><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>Périus também foi convidado para a reunião, mas não compareceu. O Incra não enviou nenhum representante.</FONT></P><P><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif"><FONT size=2>"Tem bastante coisa errada na reforma agrária", disse Oliveira. Ela denunciou o prefeito de Juti, </FONT></FONT><SPAN style="FONT-SIZE: 11pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Arial; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA"><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>Neri Muncio Compagnone, como uma das autoridades que possuem lotes em assentamentos rurais e disse que existem empresários, entre eles, o dono de uma rede de supermercados, que também são proprietários de terras em assentamentos. </FONT></SPAN></P><P><SPAN style="FONT-SIZE: 11pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Arial; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA"></SPAN><SPAN style="FONT-SIZE: 11pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Arial; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA"><FONT face=Verdana size=2>"Eu tenho medo de fazer essas denúncias. Nós já estamos sendo perseguidos", declarou Marinalva, que afirma já ter recebido ameaças de morte. "Muitos lotes da reforma agrária se transformaram em carro velho (para os assentados). E nos lotes ficam os oportunistas", disse. </FONT></SPAN></P><P><SPAN style="FONT-SIZE: 11pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Arial; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA"><FONT face=Verdana size=2>"Conheci a Marinalva nas reuniões da ouvidoria agrária e ela me pareceu muito sincera em suas colocações", disse João Bosco. O deputado Zé Teixeira também apoiou a atitude de Marinalva, afirmando que ela "está dando uma grande contribuição ao ajudar o país a fazer uma coisa séria".</FONT></SPAN></P><P><SPAN style="FONT-SIZE: 11pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Arial; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA"><FONT face=Verdana size=2>"Diante da gravidade da denúncia, vamos convocar uma nova reunião, com a presença do Dr. Milton Vatanabe, da Polícia Civil", disse o presidente da Comissão de Agricultura, deputado Paulo Corrêa. A reunião será na próxima terça-feira, às 14h30. </FONT></SPAN></P>
