Teruel defende desarmamento durante Conferência Nacional dos Direitos Humanos

01/07/2004 - 16:01 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

O deputado estadual Pedro Teruel - PT, presidente da Comissão de Trabalho, Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa e coordenador da delegação de Mato Grosso do Sul na IX Conferência Nacional de Direitos Humanos, em Brasília, participou ontem de diversos eventos paralelos sobre temas ligados à defesa dos direitos humanos.
<P>O principal debate foi sobre o Estatuto do Desarmamento, com o diretor-executivo da ONG Viva Rio, o antropólogo Rubem César Fernandes, deputados federais e representantes de ONG's que organizam campanhas contra a violência.
<P>O deputado Pedro Teruel explicou que no Mato Grosso do Sul já existe um Projeto de Lei que proíbe o uso de armas de fogo em todo o território estadual. No ano passado este Projeto foi discutido em audiência pública na Assembléia Legislativa e atualmente, apesar da criação do Estatuto do Desarmamento ainda é necessária uma campanha imediata para a conscientização da população. "A proposta de criação da polícia municipal deve ser discutida exaustivamente, pois o número de armas aumentará. Mesmo que essas armas estejam nas mãos de policiais, que muitas vezes podem perdem o controle numa operação, imagina esse instrumento em posse de civis", defendeu Teruel, citando o caso ocorrido em Campo Grande, no último domingo, onde dois jovens foram mortos após fugir de uma abordagem da polícia no trânsito.
<P>Rubem Fernandes afirmou que é importante haver uma reformulação na segurança pública. "Para isso é necessário existir uma interação em todos os níveis de governo no Brasil. Atualmente, a prevenção só é realizada pelo Poder Público Municipal, enquanto a reparação é feita pelo Poder Estadual e Federal. É necessário criar políticas pública que diminuam esse distanciamento", explicou o diretor-executivo do Viva Rio.
<P>Mário Ramet, secretário-executivo da Secretaria Extraordinária de Direitos Humanos, explicou que o governo federal prepara uma série de ações para conscientizar a população e impedir o uso de armas, diminuindo a violência. A campanha do governo prevê a utilização dos meios de comunicação, palestras e reuniões para fazer alertas sobre o perigo da utilização de armas e os riscos da comercialização de armas.
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