Assembléia pede o congelamento da tarifa de energia em MS

28/03/2007 - 14:43 Por: Edivaldo Betencourt

Giuliano Lopes <IMG height=147 hspace=10 src="/Portals/0/Jerson%20Domingos/28-03-07_mesa-interna.jpg" width=220 align=left vspace=2 border=0>O presidente da Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado Jerson Domingos (PMDB), encaminhou manifestação à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em nome dos deputados, na qual pede o congelamento da tarifa de energia elétrica no Estado. Ele destacou que nova majoração, prevista para o dia 8 de abril, que pode oscilar entre 11% e 19%, pode causar "convulsão social". 
O documento, pedindo para que a tarifa cobrada dos 690 mil consumidores da Enersul, será entregue hoje à tarde à Aneel, durante reunião com a participação da bancada federal e do governador André Puccinelli (PMDB). Também participam os deputados estaduais Júnior Mochi (PMB), Paulo Corrêa (PR) e Dione Hashioka (PSDB).
Segundo Domingos, o ideal é o valor cobrado, o maior do País e o 6º mais caro no mundo, ficar congelado por período de dois a três anos. O presidente tentou obter documentalmente a declaração dos diretores da Empresa Energética, de que a concessionária é contra novo aumento na tarifa, porque a nova elevação aumenta a inadimplência e os "cabritos" (desvio de energia).
CONVULSÃO - "Em  nome do interesse público, externamos, através do presente documento, o repúdio da população que acompanha, estarrecida e preocupada, aos sucessivos e repetidos aumentos abusivos da tarifa, que tem sido 'impostos' sem que se faça qualquer discussão", afirma o presidente na manifestação. 
Ele disse que medidas urgentes devem ser adotadas para evitar novo reajuste. Ele disse que o novo aumento é totalmente incompatível com a realidade de nosso Estado. O presidente da Assembléia alertou que novo aumento "causará maior indignação, que poderá, inclusive, resultar em consequente convulsão social".
Segundo Jerson Domingos, o diretor comercial e o superintendente comercial da empresa, respectivamente, Jorge Manoel Martins e Paulo César Corrêa Soares, pouco esclareceram durante reunião com os deputados. Eles apresentaram "respostas evasivas" e sempre atribuíram à Aneel a responsabilidade pela tarifa cobrada e pelos sucessivos reajustes. Ainda responsabilizaram a alta carga tributária cobrada dos poderes municipal, estadual e federal. 
CPI - O presidente lembrou ainda que uma CPI foi instalada para investigar o aumento abusivo da tarifa, mas a comissão está suspensa por liminar e, há sete meses, aguarda-se o julgamento do mérito pelo Tribunal de Justiça. Parlamentares, como Pedro Kemp, Amarildo Cruz e Paulo Duarte, do PT, Celina Jallad e Youssif Domingos, do PMDB, e Arroyo (PR), manifestaram apoio à manifestação pedindo o congelamento da tarifa.

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