Movimento quer pressionar Enersul a não conceder reajuste

29/03/2007 - 11:12 Por: Edivaldo Bitencourt   

<P align=justify><FONT face=Verdana size=2><EM><FONT size=1>&nbsp;&nbsp;&nbsp;Giuliano Lopes</FONT></EM><BR><IMG height=173 hspace=10 src="/Portals/0/Cerimonial/trio-interna.jpg" width=230 align=left vspace=2 border=3>Deputados estaduais e o governador André Puccinelli (PMDB) querem iniciar um movimento para forçar a Empresa Energética de Mato Grosso do Sul (Enersul) a não repassar aos 690 mil consumidores o reajuste a ser autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica&nbsp;(Aneel).&nbsp;A&nbsp;empresa pediu aumento de 21%,&nbsp; mas o percentual para corrigir a tarifa, a mais cara do País, pode ficar em 11%.</FONT></P>
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2>Hoje à tarde, às 15h30, na sala de reuniões da presidência da Assembléia, os deputados e o governador vão discutir as estratégias do movimento para que o reajuste seja zero, segundo o deputado estadual Paulo Corrêa (PR). Ontem, Corrêa e os deputados Júnior Mochi (PMDB) e Dione Hashioka (PSDB) acompanharam reunião do governador com toda a bancada federal na Aneel. O objetivo é evitar mais uma majoração nos preços da energia elétrica. </FONT></P>
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2>Segundo Paulo Corrêa, a Aneel concederá o reajuste porque a medida consta do contrato. Por isso, o movimento se volta para a concessionária, cujos diretores já se posicionaram contra novo aumento. "Se a Enersul tiver juízo, não aumenta", afirmou o deputado, destacando a grande mobilização, que conta com o aval do Governo estadual.</FONT></P>
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2>No manifesto encaminhado ontem à Aneel, subscrito pelos 24 deputados estaduais, o presidente da Assembléia, Jerson Domingos (PMDB),&nbsp; alertou para o risco de convulsão social no Estado com o novo reajuste. Os parlamentares destacaram que não vêem motivos para que novo reajuste seja concedido. </FONT></P>
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2><STRONG>NÚMEROS </STRONG>- Júnior Mochi lembrou que, há 10 anos, a tarifa cobrada em MS era a mais barata do País. Hoje, é a mais cara, R$ 0,41915. Em relação aos demais países, como da Europa, Estados Unidos e Ásia, é o 6º maior valor pago pelo quilowatt hora no mundo.</FONT></P>
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2>Em relação a Centrais Elétricas do Mato Grosso (Cemat), o valor cobrado pela Enersul é 28% maior. Segundo Mochi, os valores eram iguais até 2003, quando houve a revisão tarifária e o custo da Enersul disparou, acumulando aumento de quase 120%. O deputado frisou que o custo de manutenção da Cemat é maior do que o da Enersul. Enquanto no Mato Grosso, a densidade populacional é de 0,9 por metro quadrado, contra 2,1 em MS. O custo da energia sai por R$ 131 para a Cemat, enquanto a Enersul paga R$ 118. </FONT></P>
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2>"Mato Grosso do Sul está sendo injustiçado e vamos às últimas conseqüências para isso ser resolvido de uma vez por todas", afirmou a deputada Diona Hashioka. Mochi destacou ainda a união de todos os segmentos contra novo reajuste na tarifa de energia. Ele disse que o deputado Valdemir Moka (PMDB) e o senador Delcídio do Amaral (PT) vão se manifestar no Congresso Nacional contra o aumento, considerado abusivo.</FONT></P>
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