CPI da Enersul confirma apoio de órgãos estaduais para apurações

18/07/2007 - 06:00 Por: Talitha Moya

Edson Cavalli <IMG height=150 hspace=8 src="/Portals/0/CPI%20ENERSUL/17-7-7_CPI_ENERSULintt.jpg" width=225 align=left vspace=2 border=0>A Comissão Parlamentar de Inquérito(CPI) que investiga irregularidades na cobrança tarifária pela empresa energética de Mato Grosso do Sul, a Enersul, se reuniu, no final da tarde de ontem(17), na sala da presidência da Assembléia Legislativa, com representantes de órgãos estaduais.
A reunião, segundo o presidente da CPI, deputado Paulo Corrêa(PR), foi para confirmar a parceria com os órgãos nas apurações, assim como o Procon e o Inmetro que realizarão as aferições nos medidores com suspeitas de fraudes. "As verificações terão a participação de representantes da Enersul, pois queremos que tudo que for feito seja claro", afirmou Corrêa. O deputado também falou sobre os dados da Enersul entregues à Comissão pelo diretor-geral da agência reguladora Aneel, Jerson Kelman. 
As informações levantadas desde o ano de 2002 sobre a empresa de energia serão analisadas pelos parlamentares juntamente com os engenheiros da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos(Agepan), órgão conveniado da Aneel, que ajudarão a interpretar os dados enviados. "Participaremos exclusivamente como técnicos e nossas opiniões serão somente técnicas", acentuou o diretor-presidente da Agepan, Anísio Tiago.
Durante a reunião, foram apresentadas ainda pelo superintendente do Procon, Wiliam Douglas de Souza Brito, alguns casos selecionados pelo órgão de defesa do consumidor contra a Enersul. Entre eles, está uma ação alegando falha na medição de relógio, após uma conta de energia elétrica de um cliente saltar de 400 reais para 1.400 reais de um mês para outro. "Pedimos aferição do relógio, e a empresa afirmou que não havia problemas e que estava normal o consumo", relatou Wilian. 
De acordo com o superitendente, desde maio quando o Procon foi informatizado, a Enersul subiu para o primeiro lugar em número de reclamações. "O consumidor está pagando os custos e prejuízos da empresa, e não somente os serviços, e achamos isso totalmente abusivo e ilegal", afirmou. O representante do Procon estadual informou que uma reunião será realizada com o Departamento de Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça para levantamento das reclamações de outras concessionárias do Brasil para comparações. A reunião, sem data prevista ainda, terá a presença de representantes do Ministério Público do Estado, da Aneel, da Enersul, da CPI e do Procon estadual.

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