Para diretor da Fiems, economistas devem propor soluções ao MS

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Jaime Elias Verruck
13/08/2009 - 21:35 Por: Fabiana Silvestre    Foto: Giuliano Lopes

O diretor corporativo da Federação das Indústrias de Mato Grosso Sul (Fiems) e diretor regional do Senai, Jaime Elias Verruck, defendeu nesta quinta-feira (13/08), durante sessão solene em homenagem ao Dia do Economista, que os profissionais estejam sintonizados com as peculiaridades e potencialidades do Estado.

Durante a palestra Desenvolvimento Sustentável e Matriz Energética de Mato Grosso do Sul, Verruck ressaltou que o mercado de trabalho é diversificado e promissor. “Há muito espaço; os economistas devem estudar o Mato Grosso do Sul e apresentar soluções para o Estado”, disse.

O diretor da Fiems e do Senai, que recebeu durante a solenidade o Diploma do Mérito Econômico, fez uma análise positiva do cenário econômico estadual no pós-crise, com a retomada do crescimento. Segundo Verruck, o número de empresas no Estado saltou de 4.221, em 2007, para 8.716 em 2009 e as projeções para a geração de empregos são igualmente animadoras: encerrar 2009 com 105 mil novos postos de trabalho e chegar a 131 mil em 2012.

Ele lembrou que, embora afetado pela crise, Mato Grosso do Sul continua crescendo e hoje comemora R$ 24 bilhões de Produto Interno Bruto (PIB). “Do total, 19% corresponde à indústria e nossa meta é chegar a 23% em 2014”, disse. “Um dos desafios é garantir a agregação de valor às matérias-primas e produtos”, completou. Verruck informou que os setores têxtil e de celulose têm impulsionado a economia, sendo que a celulose totalizou 49% das exportações do Estado este mês.

Desafios – Verruck defendeu o fortalecimento das indústrias locais, para que sejam agregadas à cadeia de produção das médias e grandes que estão se instalando em Mato Grosso do Sul, e políticas públicas para a qualificação da mão-de-obra. “Até mesmo para fazer um curso técnico é necessário ter alguma qualificação, mas sabemos que hoje 58% da mão-de-obra não têm quatro anos de estudo”, lamentou.

O diretor defendeu ainda mais agilidade para a concessão de licenciamentos ambientais e o equilíbrio entre a expansão econômica e a preservação ambiental; a consolidação de um plano logístico, priorizando o transporte por ferrovia e hidrovia; e a definição de uma matriz energética, que garanta aos empreendimentos fontes de energia diversificadas, com qualidade e menor custo.
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