Produtores e ONGs defendem criação de selo para boi do Pantanal

Produtores rurais de Mato Grosso do Sul, pesquisadores e ONGs (Organizações Não Governamentais) defenderam a instituição de um selo de origem para a pecuária sustentável do Pantanal. O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia ocupou a tribuna, na sessão desta terça-feira, para reivindicar a apresentação de projeto de lei instituindo o selo.

Ele apresentou estudo da Embrapa, o qual revela que 86,8% da vegetação nativa do Pantanal está preservada, apesar da pecuária extensiva estar presente na região há 272 anos. 95% dos 89.319 quilômetros quadrados de área estão em poder do setor privado.

Para Maia, quem preserva deve receber o bônus. A instituição do selo de origem do boi do Pantanal foi classificada por ele como um passo ao futuro e a implementação de uma grande causa.

O objetivo é reconhecer a sustentabilidade da região. "Queremos mostrar que não temos apenas tuiuiús, rios maravilhosos, mas pecuária sustentável e boi verde", destacou Maia, que comanda uma das principais entidades do setor no Estado.

Projeto - O presidente da Assembléia Legislativa, Jerson Domingos (PMDB) solicitou à Comissão de Agricultura, Pecuária e Política Rural, Agrária e Pesqueira, presidida por Márcio Fernandes (PSDB), dê continuidade à reivindicação e formule a apresentação de um projeto de lei conjunto propondo a criação do selo.

Domingos classificou a proposta como importante para contribuir para o desenvolvimetno econômico de Mato Grosso do Sul.

Francisco Maia fez um relato do trabalho dos deputados estaduais em defesa do Pantanal sul-mato-grossense. Ele citou lei de 1982, proposta por Ary Rigo (PDT), que proibiu a instalação de usinas de açúcar e álcool na planície pantaneira.

De acordo com o levantamento da Embrapa, Corumbá, com 1,9 milhão de bovinos, tem 1% do rebanho nacional.