Trad reafirma má fé da Enersul e comenta congelamento de tarifa

Imagem: Marquinhos Trad mostra CD com reportagens que apresentou em reunião da Aneel
Marquinhos Trad mostra CD com reportagens que apresentou em reunião da Aneel
08/04/2009 - 11:31 Por: Adriano Furtado e Laura Miranda (assessora parlamentar)    Foto: Giuliano Lopes

O deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB), que esteve ontem em Brasília para acompanhar a audiência na Aneel e contestar um possível reajuste nas contas de energia elétrica, disse hoje na sessão da Assembleia Legislativa que não entende como pode haver tanta discrepância entre os cálculos apresentados pela Enersul e os da Aneel.

O deputado alegou que é mais uma demonstração da má fé da empresa concessionária dos serviços de energia elétrica no estado.

O parlamentar disse que a Enersul tenta a estratégia do "se colar, colou" quando apresenta cálculos absurdos na tentativa de sustentar reajustes que lesam, principalmente, as empresas empregadoras e os trabalhadores sul-mato-grossenses.

Trad disse que tenta imaginar em quanto os consumidores do Estado foram lesados nos reajustes anteriores aos apurados pela CPI da Enersul.

Audiência - Durante sustentação oral de aproximadamente vinte minutos na Capital Federal, Marquinhos Trad expôs detalhes da planilha técnica além de apresentar matérias jornalísticas divulgadas na televisão com pronunciamentos, inclusive de membros da Aneel e da Enersul, de que não haveria aumento de energia elétrica na revisão tarifária de 2009.

Acompanhado pelo presidente do Corecon, Fernando Abrahão, o parlamentar recordou a promessa de congelamento da tarifa por 36 meses.

A planilha apresentada pela empresa energética defendia um reajuste de 23,7%, por conta de diversos fatores, entre eles: a cotação do dólar. Tal motivo de acordo com o parlamentar “não justificou” tamanho índice apresentado.

Congelamento - No encerramento da audiência, após a explanação do deputado sul-mato-grossense, a Aneel negou reajustar a tarifa da energia elétrica. No entanto, a Aneel aprovou o reajuste de 13,6%, que passa a ser exercido a partir de hoje.

Todavia, este índice comparado ao valor que ainda deve ser reembolsado ao consumidor anulou o aumento, ou seja, o consumidor não sofrerá qualquer impacto nas tarifas de energia.

Marquinhos Trad explicou que esta decisão garante a devolução de R$ 76,5 milhões, do total de R$ 150 milhões que serão repassados aos usuários, referentes ao erro de R$ 191 milhões na revisão tarifária de 2003.

O saldo restante de ressarcimento é de R$ 73,5 milhões, que corrigido para 2010, alcança o valor de aproximadamente R$ 90 milhões, o que pode garantir o congelamento para o próximo ano.
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