Apesar da crise econômica, receita de MS cresceu 21,8% em 2008

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Deputado Antônio Carlos Arroyo
28/04/2009 - 10:34 Por: Edivaldo Bitencourt    Foto: Giuliano Lopes

No ano passado, apesar da crise econômica mundial, a arrecadação do Governo do Estado teve crescimento de 21,85%, segundo o presidente da Comissão de Acompanhamento da Execução Orçamentária e líder do PR, deputado estadual Antônio Carlos Arroyo. Além disto, houve aumento de 433% nos recursos destinados para investimentos. Ele fez um balanço da audiência pública, realizada ontem para a prestação de contas dos poderes, como determina a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), durante o grande expediente da sessão desta terça-feira.

Arroyo afirmou que a receita do Estado foi de R$ 6,870 bilhões no ano passado, acumulando crescimento de 21,85% em relação aos R$ 5,587 bilhões contabilizados em 2007. A média mensal foi de R$ 550 a R$ 560 milhões. Tirando a parte de 25% destinada aos municípios, a receita corrente líquida do Estado foi de R$ 4,8 bilhões em 2008.

O parlamentar destacou que todos os poderes cumprem os limites máximos definidos pela LRF para o gasto com pessoal. O máximo permitido é de 60%, mas o total destinado em Mato Grosso do Sul é de 43,06%. O Poder Executivo gasta 35,3%, bem abaixo do limite constitucional de 49%. O Judiciário destinou 4,39% da receita corrente líquida para pessoal, aquém dos 6% permitidos; o Legislativo teve 1,95%, contra o previsto de 3%; o Ministério Público Estadual comprometeu 1,4%, abaixo dos 2% constitucionais.

Arroyo destacou o crescimento da dívida consolidada liquida, de R$ 6,3 bilhões para R$ 6,8 bilhões, apesar do pagamento de R$ 539 milhões em serviços e amortizações. Ele voltou, pela oitava vez, como frisou, a criticar o comprometimento de 15% da receita do Estado com o pagamento da dívida. O deputado considera o percentual injusto, considerando-se que a média nacional é de 11%.

Ele defendeu mudanças ainda nos critérios de repasse do Fundo de Participação dos Estados (FPE), que destina R$ 52 milhões por mês a Mato Grosso do Sul. A Bahia recebe R$ 480 milhões, valor superior aos estados da Região Centro-Oeste. Ele defendeu a revisão dos índices do rateio, definidos em 1988 e não revistos.
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