Produtores recorrem à Assembleia para valorização da carne produzida no Pantanal

Imagem: Chico Maia (dir.) entregou documentação ao deputado Marcio Fernandes
Chico Maia (dir.) entregou documentação ao deputado Marcio Fernandes
25/08/2009 - 16:45 Por: Alcindo Rocha - ass. dep. Marcio Fernandes | Acesse o <a href="http://www.deputadomarciofernandes.com.br">site do deputado</a>    Foto: Marco Miatelo

Documentação foi entregue ao presidente da Comissão de Agricultura e Pecuária, deputado Marcio Fernandes

O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Chico Maia, encaminhou nesta terça-feira (25) à Assembleia Legislativa ofício solicitando o apoio e respaldo da Casa para promoção de debate e estudo da criação de alternativas para que a carne produzida no Pantanal seja mais valorizada no mercado, através de incentivos e campanhas de marketing para atrair o consumo consciente.

Junto com o ofício foram encaminhados também estudo de sustentabilidade da pecuária na região pantaneira e cópia do ofício encaminhado previamente ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Reinhold Stephanes. A documentação foi entregue ao presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Políticas Rural, Agrária e Pesqueira da Casa, deputado estadual Marcio Fernandes (PSDB), que é também vice-líder do governo.

Marcio Fernandes disse que a Comissão vai apoiar esses pecuaristas nas suas reivindicações. Ele disse ainda que vai analisar uma forma de poder contribuir com a solicitação dos produtores, de que modo garantir o respaldo da Assembleia, ratificando o pleito ao ministro da Agricultura e Pecuária.

Segundo Chico Maia, os produtores sul-mato-grossenses exploram há mais de 250 anos a região pantaneira “de forma totalmente sustentável a pecuária no Pantanal”. Ele lembra que, embora a pecuária seja sustentada, o setor não recebe nenhuma espécie de incentivo, benefício ou mesmo crédito, nem de fontes públicas e nem de fontes privadas. Ele defende que a preservação deve ser compensada.

No ofício encaminhado ao ministro, a Acrissul afirma que o “Pantanal Sul-Mato-Grossense tem praticamente 100% da vegetação nativa preservada”. No documento é citado levantamento em fase de conclusão realizado por cinco organizações não-governamentais (ONGs) que concluiu que 85% da vegetação nativa está intacta. As ONGs responsáveis pelo levantamento são a WWF-Brasil, SOS Mata Atlântica, Conservation International, Avina e Ecoa. O estudo contou com consultoria da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Mapa.

Ainda no ofício encaminhado ao ministro, a entidade afirma que “o levantamento comprova que a pecuária extensiva tradicional praticada no Pantanal desde 1.737 contribuiu para a conservação ambiental da região, que hoje representa o ecossistema com melhor índice de conservação do País”.

Chico Maia reitera que se faz necessário criar alternativas para que a carne pantaneira seja mais valorizada no mercado. Ele disse ainda que quer o apoio da Assembleia Legislativa junto ao Mapa e certificadoras da qualidade diferenciada da carne oriunda do Pantanal.
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