Enersul diz a Picarelli que medidores eletrônicos reduzem custos

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08/04/2009 - 16:55 Por: João Humberto    Foto: Giuliano Lopes

No dia 18 de março, o deputado estadual Maurício Picarelli (PMDB) encaminhou indicação à Enersul (Empresa de Energia Elétrica de Mato Grosso do Sul) para saber os motivos que levaram a concessionária a substituir os medidores analógicos (eletromecânicos) por ciclométricos (eletrônicos) em Campo Grande. Essa troca, segundo vários consumidores, teria resultado no aumento de suas contas de energia elétrica.

A Enersul, no entanto, enviou uma resposta ao deputado, no dia 1º de abril, informando que a utilização de medidores eletrônicos possibilita a concessionária atender as exigências regulatórias e de mercado. A direção da empresa também explica que o medidor novo é extremamente preciso, fator que resulta em uma maior transparência na relação comercial entre usuário e concessionária.

Ainda de acordo com a Enersul, é tendência dos fabricantes nacionais não produzir mais os medidores eletromecânicos, a exemplo do que ocorre em outros países, já que os eletrônicos favorecem o custo-benefício e reduzem o custo de produção, colaborando para um alto nível tecnológico.

Desde 1997, segundo a Enersul, as unidades consumidores do Estado estão recebendo a troca dos medidores e isso, de acordo com o diretor vice-presidente da empresa, Sidney Simonaggio, é uma prática comum no setor elétrico nacional. A substituição de medidores tem como base o segundo parágrafo do artigo 33, da resolução da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nº 456/2000.

A resolução determina que fica a critério da concessionária escolher os medidores e demais equipamentos de medição que julgar necessários, bem como sua substituição ou reprogramação, quando considerada conveniente ou necessária, observados os critérios estabelecidos na legislação metrológica aplicáveis a cada equipamento.

Por conta dessa norma, segundo a Enersul, os medidores instalados pela empresa estão em total conformidade com o regulamento técnico metrológico do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), tendo sido certificados individualmente em laboratório homologado pelo respectivo órgão.

Simonaggio acrescenta que a Enersul está em perfeita consonância com o mercado e com a legalidade, primando sempre pela transparência e bom relacionamento com o cliente.

O fato é que, conforme Picarelli, alguns consumidores estão insatisfeitos com a troca e reclamam que a Enersul efetuou a substituição dos equipamentos sem qualquer justificativa.

Ao MPE (Ministério Público Estadual), Picarelli encaminhou indicação solicitando a apuração de possíveis irregularidades administrativas e jurídicas destacadas no contrato de concessão de serviços públicos firmados entre a Enersul e o Estado de Mato Grosso do Sul, com o objetivo de apurar se houve irregularidade nas substituições dos medidores.
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