Projeto que livra hospitais de contas de luz e água é apresentado por Picarelli

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22/04/2010 - 13:15 Por: João Humberto    Foto: Giuliano Lopes

Após se reunir com representantes da Febesul (Federação das Instituições Filantrópicas e Beneficentes do Estado de Mato Grosso do Sul), na sexta-feira (16), o deputado estadual Maurício Picarelli (PMDB) apresentou projeto de lei, na sessão desta quinta-feira, que autoriza o governo a conceder auxílio financeiro aos hospitais filantrópicos e santas casas do estado.

Pelo projeto, o governo deverá destinar um auxílio financeiro mensal a esses hospitais para o pagamento de despesas decorrentes de energia elétrica, água tratada e utilização do serviço público de coleta de esgoto, mediante convênios a serem firmados através da Setas (Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social).

Picarelli quer conscientizar o governo sobre a necessidade de conceder o auxílio financeiro, tendo em vista o importante papel social e humano que os hospitais filantrópicos e santas casas desempenham no estado, frente às dificuldades financeiras nos desempenhos de suas atividades.

O deputado cita que, em conversa com Ivandro Fonseca, diretor administrativo da Maternidade Cândido Mariano, ficou sabendo que muitos hospitais do estado não tem como pagar dívidas de água e energia, pois os valores são exorbitantes. Esses mesmos estabelecimentos de saúde são responsáveis por 63% das internações em Mato Grosso do Sul.

Segundo a Febesul, no estado de Goiás já existe um projeto de lei que autoriza o Poder Executivo a incluir no Orçamento o custeio dessas despesas. Caso o projeto se transforme em lei, o benefício seria revertido no primeiro momento à aquisição de medicamentos, materiais, reforma dos prédios etc.

Em Mato Grosso do Sul, conforme Eliezer Soares Branquinho, presidente da Febesul, existem 25 instituições filantrópicas ligadas à entidade. Ele enfatiza que de cada R$ 100 gastos com pacientes, o SUS (Sistema Único de Saúde) cobre apenas R$ 60.

“Além da alta dos medicamentos, existem os custos com funcionários. É imprescindível que o governo aprove o projeto”, conclui o peemedebista.
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