Picarelli discute na SES o projeto que isenta hospitais filantrópicos de contas
12/05/2010 - 11:28
Por: João Humberto
Foto: João Humberto
A secretária explicou que para dar um pontapé inicial no sentido de tornar real a proposta e até mesmo se reunir com o governador André Puccinelli (PMDB) para tratar do assunto é necessário que a Febesul encaminhe a ela um relatório de despesas fixas desses estabelecimentos. “Com os números em mãos, fica mais fácil elaborar um projeto nesse sentido”, explicou Beatriz Dobashi.
Pelo projeto, o governo deverá destinar um auxílio financeiro mensal aos hospitais para o pagamento de despesas decorrentes de energia elétrica, água tratada e utilização do serviço público de coleta de esgoto, mediante convênios a serem firmados através da Setas (Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social).
Picarelli quer conscientizar o governo sobre a necessidade de conceder o auxílio financeiro, tendo em vista o importante papel social e humano que os hospitais filantrópicos e santas casas desempenham no estado, frente às dificuldades financeiras nos desempenhos de suas atividades.
Na reunião, o presidente da Febesul, Eliezer Soares Branquinho, frisou que atualmente 61% das internações nesses hospitais são provenientes do SUS (Sistema Único de Saúde). Ele ainda ressalta que de cada R$ 100 gastos com pacientes, o SUS cobre apenas R$ 60.
Beatriz Dobashi disse que desde o ano passado a SES tem trabalhado em planilhas de custos de alguns hospitais, principalmente a Santa Casa de Campo Grande. A folha de médicos é um dos itens principais, segundo ela.
A prioridade do governo, no entanto, é garantir a reestruturação de hospitais em pólos micro-regionais, a princípio. Uma alternativa citada pela secretária seria o governo arcar com pelo menos parte da energia, por exemplo.
“Antes de trilhar um caminho certo é necessário saber qual o custo de um projeto como este. Por isso a secretaria precisa de levantamento de tudo”, informou Beatriz.
Segundo a Febesul, no estado de Goiás já existe um projeto de lei que autoriza o Poder Executivo a incluir no Orçamento o custeio dessas despesas. Caso o projeto se transforme em lei, o benefício seria revertido no primeiro momento à aquisição de medicamentos, materiais, reforma dos prédios etc.
Em Mato Grosso do Sul, conforme o presidente da Febesul, existem 25 instituições filantrópicas ligadas à entidade.
Agora, Picarelli aguarda o envio dos relatórios pela Febesul para entregá-los à secretária.
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