Valor elevado de pedágio revolta a população; e é questionado por Picarelli na AL/MS que cobra justificativa

Imagem: Maurício Picarelli é presidente da Comissão  de Defesa dos Direitos do Consumidor da Assembleia Legislativa  de MS
Maurício Picarelli é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor da Assembleia Legislativa de MS
10/09/2015 - 21:14 Por: Janaina Garcia    Foto: Roberto Higa

Os motoristas que passam por Mato Grosso do Sul e utilizam a BR-163 já começam a ficar preocupados com o ‘bolso’, isso porque a tarifa do pedágio, que passa a ser cobrada no próximo dia 14 deste mês teve uma variação na tabela de valores de 53%.

Preocupado com essa situação, o deputado estadual Maurício Picarelli (PMDB), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor da Assembleia Legislativa apresentou requerimento à Mesa Diretora durante sessão plenária desta quinta-feira (10), solicitando a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), e a CCR MS (empresa concessionária contratada para administrar a rodovia), informações e uma apuração quanto aos custos nas tarifas de pedágio que serão instalados nas nove praças do estado .

Picarelli explica que muitos usuários questionam a cobrança como abusiva em alguns trechos, por exemplo, Distrito de Anhanduí para Campo Grande onde o motorista terá que desembolsar o valor de R$ 7,20. Segundo ele, isso no final do mês irá gerar enormes despesas para quem roda com frequência apenas poucos quilômetros entre as localidades.

“Não condeno a aplicação da cobrança de pedágio, desde que a arrecadação seja corretamente aplicada nas rodovias privatizadas. O que proponho é um recolhimento justo e equânime àquelas pessoas que necessitam deslocar -se com frequência, de uma cidade à outra, em busca principalmente de tratamentos médicos ", disse o parlamentar frisando que valor do reajuste da tarifa, é superior ao da inflação, orçamento esse que não estava previsto em contrato no momento em que a concessão foi firmada, podendo gerar transtorno aos usuários e prejuízos com a aprovação da Lei do Caminhoneiro. “ Acredito que a população sul-mato-grossense vai indiretamente arcar com estes custos. Isso porque os valores para caminhões são mais caros e estes preços podem ser repassados aos produtos que os veículos transportam”, enfatizou

No requerimento, o parlamentar cobra ainda justificativas quanto a exigência contratual de concluir pelo menos 10% de duplicação da estrada, até data de 14 de setembro de 2015 e atual situação dos 09 postos de cobrança ao longo dos 845 Km de rodovia. " Precisamos do detalhamento, do plano de aplicação das tarifas, bem como valor esperado para receita mensal e destinação desta, para recuperação de pavimento, cercas e sinalização, drenagem, correção de erosão, capina e roçada e demais serviços que foram necessários para manutenção da prestação", concluiu.
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