Picarelli defende fim do aterro em Rio Verde e secretário diz que Imasul será rigoroso

Imagem: O parlamentar ingressou com um Pedido de Providências no Ministério Público Federal e no Ministério Público de Mato Grosso do Sul solicitando análise do processo de instalação do aterro
O parlamentar ingressou com um Pedido de Providências no Ministério Público Federal e no Ministério Público de Mato Grosso do Sul solicitando análise do processo de instalação do aterro
25/07/2018 - 13:07 Por: Marcelo Pereira   Foto: Janaina Garcia

O deputado estadual Mauricio Picarelli (PSDB) foi o entrevistado de hoje (25/07) do programa Giro de Notícias, da Rede Feitosa de Comunicação, que vai ao ar para várias rádios de Mato Grosso do Sul. O parlamentar destacou a mobilização dos moradores de Rio Verde que não querem o aterro sanitário no município, que poderá receber resíduos sólidos de 19 municípios, e a articulação com o governo do Estado para ouvir a população que não quer o aterro no local sugerido, que fica a 1.050 metros da área de moradia.

“Nenhuma cidade deve receber aquilo que a população não quer. E Rio Verde é conhecida pelos rios, mananciais de água e por toda a natureza. Não tem cabimento levar 80 toneladas de lixo e colocar ali. Ainda mais no local que fica a 3km do centro da cidade, perto do Hospital Municipal e da área habitada, a 280 metros de um córrego e no caminho da Escola Rural. É brincadeira um negócio desses”, afirmou Picarelli.

O deputado Picarelli ressaltou a necessidade de estudo sobre o impacto ambiental da instalação do aterro. “Assim o governo pode verificar se é possível a implantação. Mas tudo isso discutindo com a população. E nós fomos convencidos pela população de que não há um ponto positivo para a criação do aterro ali naquela área”, destaca Picarelli.

O parlamentar ingressou com um Pedido de Providências no Ministério Público Federal e no Ministério Público de Mato Grosso do Sul solicitando análise do processo de instalação do aterro, com foco para verificar se o local está dentro da legislação ambiental e os impactos sociais no município. Uma empresa foi responsável pela solicitação de Licença Prévia junto ao Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul – Imasul - para a instalação do aterro.

O secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, explicou durante entrevista que o Mato Grosso do Sul conta com o Plano Estadual de Resíduos Sólidos, um dispositivo que obriga todas as prefeituras a dar uma destinação adequada resíduo sólido produzido pela população. “Existem mais de 70 ações no Ministério Público obrigando os prefeitos a instalarem os seus aterros sanitários. Essas estruturas são licenciadas e controladas. Seguramente o Imasul vai verificar o pedido, avaliar e ouvir a população sobre a instalação desse aterro e se existir algum impedimento legal o Imasul certamente vai impedir esse tipo de licenciamento. Pelas condições que foram apresentadas, a princípio esse aterro não pode ser instalado nessa localidade estabelecida”, afirmou o secretário Jaime Verruck.

Para a população o aterro vai gerar mau cheiro, poluição do ar e contaminação das águas, um dos principais atrativos da região de Rio Verde que possui grande número de nascentes e diversos balneários. “A população está correta. Obviamente que existem os contrários e as pessoas favoráveis à instalação do aterro. Mas, todo mundo é à favor do meio ambiente e do bem estar e da vida da população e nós  estamos trabalhando nisso,   para evitar danos irreversíveis à vida dos habitantes e ao município de Rio Verde”, garante Picarelli.

No início da semana a Câmara Municipal de Rio Verde aprovou uma Lei que proíbe a instalação de aterros sanitários a menos de 20 km da área urbana e o recebimento de resíduos de outros municípios. Uma emenda ao projeto aprovado estabelece o prazo de 5 anos para a prefeitura de Rio Verde realizar estudos sobre os impactos ambientais e promover audiência públicas para debater com a população quais as soluções para os resíduos sólidos do município.

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