Mulher na política foi tema de debate no Interlegis

10/11/2004 - 12:19 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS

Dando continuidade aos eventos promovidos ao longo de 2004 pela Comissão Temporária do Ano da Mulher, ocorreu na sede do Interlegis, nesta terça-feira (09/11), a segunda videoconferência "Lugar de mulher é na política". O <?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p>encontro, transmitido por videoncoferência para as assembléias legislativas, foi realizado com a parceria da bancada feminina do Congresso Nacional e do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA). Na ocasião, parlamentares e especialistas da área debateram sobre questões relacionadas à participação feminina nas últimas eleições municipais. Compuseram a Mesa-Diretora a presidente da Comissão no Senado Federal, senadora Serys Slhessarenko (PT/MT); a coordenadora da bancada feminina no Congresso, deputada Iara Bernardi (PT/SP); a ministra Nilcéa Freire da Secretaria Especial de Políticas para as mulheres; a presidente da Comissão na Câmara dos Deputados, deputada Jandira Feghali (PC do B/RJ); a presidente do Instituto de Política da UnB, professora Lúcia Avelar; e a assessora técnica do CFEMEA, Giane Boselli.  A senadora falou que o evento deu continuidade à primeira videoconferência sobre o tema, realizado no período que antecedeu as eleições de outubro. Contou que o País foi o primeiro a incluir no calendário um ano dedicado à causa feminina e que, por conta desta iniciativa, o Parlatino aprovou a criação do Ano Internacional da Mulher, para os países latino-americanos. "Nossa idéia é combater a discriminação e o preconceito contra as mulheres na política", ressaltou. <o:p></o:p>Serys elogiou o Programa Interlegis pelo fornecimento da infra-estrutura para a realização do evento. "O Interlegis têm sido um grande instrumento de apoio às nossas atividades", finalizou. Com opinião convergente a deputada Iara afirmou que "por meio da rede Interlegis foi possível dar continuidade ao diálogo com as Casas Legislativas".<o:p></o:p>Durante a videoconferência foram abordados temas como a importância da articulação política das mulheres em âmbito nacional e frentes de ação, plataforma dos direitos das mulheres para o fortalecimento da democracia, construção de políticas públicas para mulheres, participação feminina nas Eleições de 2004 e representação política das mulheres.  Disparidades apresentadas Um dos assuntos destacados no encontro foi o resultado referente às últimas eleições: 9,8 % do eleitorado brasileiro votou em mulheres. Sendo 7,3 % dos votos para prefeita e 12,6% para vereadora. Segundo Giane este resultado mostra a disparidade existente entre o número de candidatos homens e mulheres eleitos. Ela disse ainda que 75% dos municípios não apresentaram candidatura de nenhuma mulher para prefeitura. "Isso mostra como as mulheres não têm apoio partidário para cargos majoritários", concluiu. Já a professora Lúcia Alencar acredita que as hierarquias existentes dentro da política brasileira e os canais fechados de aceso ao poder são os principais obstáculos enfrentados durante a candidatura feminina. "Nós mulheres precisamos passar dos movimentos sociais para a prática política", afirmou.<o:p></o:p>Apreciação A assessora da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Aldenira Sena, contou que assistiu pela primeira vez ao encontro com a intenção de aprimorar suas atividades diárias. "Esse tema me interessa muito pois sou historiadora e trabalho diariamente com política", disse.<o:p></o:p><A href="http://www2.senado.gov.br/anodamulher/">Para saber mais sobre as atividades desenvolvidas pela Comissão Nacional do Ano da Mulher, clique aqui.</A><o:p></o:p>Por Talita Prenholato Com edição de Mônica Cocus<o:p></o:p>

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