Leilão de energia pode beneficiar consumidor, acredita Semy

08/12/2004 - 18:36 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

Para o deputado estadual Semy Ferraz (PT), o megaleilão de energia “velha” realizado ontem, 7 de dezembro, pelo Ministério das Minas e Energia, pode finalmente beneficiar o consumidor brasileiro. É que os 17 mil MWh (megawatts-hora), dos 50 mil ofertados, foram vendidos a preço menor do que o praticado atualmente e, inclusive, bem abaixo do esperado pelo mercado. Antes do leilão, analistas calculavam que o MWh sairia entre R$ 70 e R$ 80, em média, sendo que o preço atual da energia, nos contratos que estão se encerrando, é de R$ 61 o MWh, em média. Para os contratos a partir de 2005, que vai definir as tarifas médias para os consumidores, o preço médio final foi de R$ 57,51 por MWh.<BR><BR>O deputado acredita que, graças ao novo modelo do setor elétrico, que tem a partir de agora o leilão como forma de oferta da energia produzida, os preços menores que serão pagos pelas distribuidoras às geradores podem resultar em tarifas mais justas ao consumidor final ou, pelo menos, nem tão sufocantes como as praticadas atualmente. Da mesma forma, ele entende que não procedem as especulações de que, com preços menores, o setor elétrico perderá o estímulo para fazer novos investimentos. “Até mesmo porque os recursos normalmente são do BNDES e, se o setor não investir, o Estado precisa cumprir o papel, pois energia é um serviço essencial para as pessoas e para o crescimento do país”, completou.<BR><BR>O megaleilão de energia “velha”, produzida por geradoras que já quitaram seus investimentos, marca a mudança estrutural do setor, implantada pelo Ministério de Minas e Energia. Antes, cada geradora comercializava energia diretamente com uma ou mais distribuidoras, o que permitia desequilíbrios como, por exemplo, as distribuidoras do Nordeste pagarem mais caro pela energia adquirida das termelétricas. Agora, o leilão equaliza as tarifas, pois todas as distribuidoras compram do "pool" a um preço médio. Para Semy, que é autor, juntamente com o MPF (Ministério Público Federal), de uma ação civil pública contra o reajuste da energia em Mato Grosso do Sul, o novo modelo corrige graves distorções que ainda penalizam os consumidores.
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