Orro apresenta Projeto de Lei denominando como Donato Godoy da Silva, a MS-384

02/03/2005 - 17:24 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<P>O vice-presidente da AL/MS, deputado <STRONG>Roberto Orro</STRONG>, apresentou na Assembléia Legislativa em 23 de fevereiro, o projeto de lei que homenageia o pioneiro de Caracol e Porto Murtinho Donato Godoy da Silva, ao dar seu nome a Rodovia MS-384, no trecho que liga a cidade de Caracol até a BR-267.</P><P>&nbsp;“Na minha caminhada nada mais justo fazer essa homenagem a um pioneiro desbravador da região de fronteira do sudoeste, tão importante para nosso Estado. Nada mais é, do que reconhecer e valorizar a experiência desse veterano, as idéias e métodos deixados, com muita sabedoria e conhecimento”, afirmou Orro que em sua justificativa relata a história de vida, de luta e de coragem do seu homenageado <STRONG>Donato Godoy da Silva: </STRONG></P><P>“Nascido em 20 de maio de 1891, quando seus pais faziam parte de uma expedição de famílias que saíram do sul do país para povoarem a região do nosso antigo estado do Mato Grosso, mais precisamente nas cercanias dos Rios Apa, Caracol e Perdido, <STRONG>Donato Godoy da Silva </STRONG>se criou na fazenda Palmeira, localizada no município de Caracol próxima a região conhecida hoje como São Carlos, na fazenda de propriedade do seu pai Maurílio Godoy. </P><P>“Trabalhou na lida do campo ajudando seus pais no manejo de gado e na agricultura de subsistência. Foi depois uns dos pioneiros na utilização da estrada Porto Murtinho/Caracol (antiga Porteira)/Bela Vista, trabalhando na profissão de carreteiro, fazendo fretes com carros de bois e cumprindo um importantíssimo papel para o desenvolvimento da região, já que este era o único meio de transporte de mercadorias entre estes municípios da fronteira Brasil/Paraguai. Suas viagens eram verdadeiras aventuras dadas ao alto grau de dificuldade do trajeto, já que era preciso passar por vários rios e riachos sempre utilizando as estivas, sem contar os imensos atoleiros que se formavam na época das chuvas”. </P><P>“Numa de suas viagens ao tentar desesperadamente tirar a carreta de um atoleiro, fez tamanho esforço que fraturou a clavícula, ferimento este que acabou cicatrizando somente depois de dois longos anos de dor e sofrimento, quando seu organismo expulsou sozinho o pedaço do osso fraturado. Trabalhou muito nesse difícil ramo de carreteiro até adquirir bens que pudessem fazer dele um homem digno de montar sua estrutura familiar. Casou-se em 30 de junho de 1917, com Castorina Ferreira Leite Godoy, filha também de família oriunda do Sul e que possui laços familiares com os Leites, fundadores da cidade de Caracol”. </P><P>“Em 1930 já com família composta de oito filhos foi para o município de Porto Murtinho, onde arrendou da viúva Sra. Eliza Alves de Arruda o retiro São Miguel. Com o passar dos anos Seu Donato conseguiu adquirir a Fazenda São Miguel, fazenda esta, localizada as margens da atual Rodovia Porto Murtinho/Caracol/Bela Vista, onde nasceram mais quatro filhos, totalizando seis homens e seis mulheres.</P><P>&nbsp;“Na Fazenda São Miguel, Donato foi um desbravador e um homem que enfrentava os mais diversos tipos de desafios desde onças pintadas até os touros marruás, verdadeiras feras. Enfrentou movimentos revolucionários e também épocas em que imperavam bandos de foras da lei tais como Silvino Jaques e Baianinho. </P><P>“Foi sempre muito dedicado à família, e quando precisou por os filhos na escola (os primeiros estudavam em casa), mudou-se para Porto Murtinho e depois para Aquidauana. </P><P>“Deixou aos filhos um legado de bons exemplos e honradez que permanece vivo até hoje na memória dos familiares, amigos e pessoas que o conheceram e tiveram a oportunidade de desfrutar do seu convívio. Homem justo e honesto teve sabedoria de transmitir seus bens ainda em vida aos filhos e viveu na fazenda São Miguel até 1985, falecendo aos 94 anos de idade, de morte natural, lúcido e amado por todos que o conheceram”.</P><P>&nbsp;</P><P>&nbsp;Jorn. Maria Helena Brancher – DRT/RS: 4.062 </P>
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