Humberto Teixeira pede união para combater febre aftosa no Estado

19/10/2005 - 17:45 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p align="justify"><font face="Verdana" size="2">“Precisamos unir esforços para combater a febre aftosa em Mato Grosso do Sul e recuperar nossos prejuízos financeiros e nossa moral no mercado”, disse o deputado estadual Humberto Teixeira (PDT) ao usar a tribuna durante a sessão ordinária desta quarta-feira (19). O parlamentar reconheceu a dificuldade de se controlar o trânsito de animais na região de fronteira e ressaltou a grande possibilidade do foco da doença ter surgido da compra de gado paraguaio por produtores brasileiros já que as carcaças das reses que estavam sendo sacrificadas eram visivelmente inferiores às do gado produzido no Estado. </font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Humberto Teixeira destacou a possibilidade de existirem interesses por trás deste caso. “Temos o maior e o melhor rebanho do Brasil, por isso Mato Grosso do Sul causa inveja aos Estados vizinhos. A União também contribui, pois prefere sacrificar o produtor para manter o superávit elevado e cumprir com o pagamento da dívida externa”, comentou o deputado.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">O parlamentar reconheceu a estrutura precária da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) e dos baixos salários pagos aos fiscais, mas ressaltou que o principal responsável por esta crise é a União, que deixou de repassar os recursos para a defesa sanitária. O deputado Ari Artuzi, em aparte, afirmou que o órgão não consegue transmitir segurança aos produtores justamente pela falta de equipamentos essenciais para a realização de um bom trabalho. “Alguns postos do Iagro nem telefone tem”, acrescentou.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Em aparte, o deputado Waldir Neves culpou o governo federal e estadual pelo surgimento do foco. “O Estado foi negligente e a União se vangloria do superávit e agora não assume sua responsabilidade”, disse.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">O deputado Pedro Kemp comentou sobre a situação dos pequenos produtores, principalmente aqueles que vivem exclusivamente da venda do leite e que agora estão desesperados porque não têm outra fonte de renda. Também em aparte, o deputado Sérgio Assis lembrou do desemprego que começa a assombrar os funcionários de frigoríficos. “Cerca de 30 deles deixaram de abater e os 13 mil trabalhadores não sabem se continuarão no emprego”.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2"><strong>Vacina</strong></font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Ao pedir a palavra Assis comentou ainda sobre a diferença da vacinação feita no Brasil e nos países da Europa e Estados Unidos. “Enquanto em outros lugares se aplica somente uma dose, aqui realizamos três campanhas por ano e mesmo assim nosso gado não está completamente imunizado. Deve existir algum laboratório com interesses econômicos no Brasil para sermos obrigado a estar sempre comprando vacina”, afirmou o parlamentar.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Ary Rigo, que também pediu aparte, afirmou que a vacina aplicada pelo Paraguai não combate todos os vírus e, por isso, o gado fica mais propenso a ser infectado. </font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Humberto Teixeira também comentou sobre uma coluna do Jornalista Alexandre Garcia, sobre a existência de uma vacina contra a febre aftosa que é aplicada uma só vez no animal e que chega a curar o animal infectado. Foi desenvolvida pelo engenheiro agrônomo Benedito Lasmar, que passou a aplicá-la no Triângulo Mineiro, há 30 anos, mas que até agora não despertou interesse no governo para que seja comercializada.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">“Este é um assunto duvidoso. Não acredito que uma vacina tão poderosa não tenha despertado interesse de nenhum laboratório para comprar sua patente, mas é no mínimo estranho não termos acesso à vacina utilizada nos EUA”, comentou o parlamentar.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2"><strong>Soluções</strong></font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Entre as sugestões que podem ajudar a solucionar o problema da febre aftosa em Mato Grosso do Sul está o fechamento da fronteira com o Paraguai. “Não faço qualquer acusação aos produtores paraguaios, mas precisamos cuidar de nosso patrimônio”, declarou Humberto Teixeira.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Para Zé Teixeira é necessária a realização de um acordo com o governo paraguaio para que os animais do outro lado da fronteira sejam imunizados coma vacina fabricada no Brasil. “Não temos a melhor vacina, mas o Paraguai utiliza um preparo argentino, que não atinge o vírus O”, afirmou o deputado.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">O primeiro foco de febre aftosa foi descoberto há 11 dias no município de Eldorado na Fazenda Vezozzo, onde foram sacrificados quase 600 animais. Em fazendas de Japorã também foram encontrados animais infectados.</font></p>
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