Aids: Estúdios de tatuagem e salões de beleza são fiscalizados por técnicos da Saúde

29/06/2005 - 19:35 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p><span style="FONT-SIZE: 12pt; FONT-FAMILY: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-font-weight: bold"><font face="Verdana" size="2">Desde 2003, os salões de beleza e estúdios de tatuagem da Capital e interior são obrigados a disponibilizar esterilizadores em sua lista de equipamentos. O método visa prevenir e combater doenças como Aids e hepatite e até mesmo doenças de pele, piolho e micoses. Um saldo positivo para os clientes destes estabelecimentos: a SES (Secretaria de Estado de Saúde) têm cumprido seu papel, em partes. Mas, independente disso, oferecer segurança aos clientes é meta da maioria destes estabelecimentos. </font></span></p><p><span style="FONT-SIZE: 12pt; FONT-FAMILY: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-font-weight: bold"><font face="Verdana" size="2">A lei nº 1.337, de 17 de dezembro de 1992, dispõe sobre medidas higiênicas e de prevenção a Aids em todo o território sul-mato-grossense. Através dela, a SES deve exercer controle de atividade profissional de barbeiros, cabeleireiros, manicures, calistas, acupunturistas e tatuadores na prevenção a Aids, fazendo cumprir medidas higiênicas determinadas pelas normas técnicas do Ministério da Saúde. </font></span></p><p><span style="FONT-SIZE: 12pt; FONT-FAMILY: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-font-weight: bold"><font face="Verdana" size="2">No salão de beleza Beverly Hills, situado no bairro São Francisco, a proprietária Miriam Rodrigues diz que as normas de higiene são seguidas à risca. “Tudo aqui é descartável, desde xícaras a colheres. Temos um esterilizador onde são postos os materiais cortantes como alicates e espátulas. Sempre que algum cliente faz a unha, automaticamente são colocados na estufa os materiais utilizados, que permanecem em aquecimento por cerca de uma hora”, conta ela. </font></span></p><p><span style="FONT-SIZE: 12pt; FONT-FAMILY: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-font-weight: bold"><font face="Verdana" size="2">A manicure Marina Silva Rodrigues é irmã de Miriam e explica que os materiais são postos na estufa a uma temperatura de 180º, permanecendo em aquecimento durante 40 minutos. Após a esterilização, os mesmos permanecem na estufa por mais uma hora e depois são guardados. “Aqui contamos com dois jogos de alicate e espátulas. Eu costumo guardar os instrumentos enrolados em toalhas”, afirma Marina, dizendo ainda que a fiscalização da SES tem cumprido seu papel. </font></span></p><p><span style="FONT-SIZE: 12pt; FONT-FAMILY: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-font-weight: bold"><font face="Verdana" size="2">Até mesmo salões de periferia como o de Sandra Diniz, localizado no bairro Coophavilla II, contam com esterilizadores. “Os clientes são exigentes neste sentido. Se eu vejo que a unha de alguém está em péssimo estado, aconselho a trazer material próprio”. No caso do barbeiro Carlos de Mello, cujo salão está situado na Vila Célia, o cuidado está apenas em utilizar lâminas descartáveis. “A fiscalização tem sido exigente e fora isso, também costumo passar álcool na ponta da tesoura todas as vezes que corto o cabelo ou os pêlos de nariz de algum cliente”, comenta. </font></span></p><p><span style="FONT-SIZE: 12pt; FONT-FAMILY: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-font-weight: bold"><font face="Verdana" size="2"><strong>Tatuagens</strong> – Uma fiscalização mais precisa deveria ser feita em estúdios de tatuagem, conforme explica o tatuador Leonildo Donizete Baratella, mais conhecido como ‘Branco Tattoo’. Ele revela que o crescente número de tatuadores autônomos tem posto em risco a saúde de várias pessoas. “Existem tatuadores que não tem estúdio e costumam fazer as tatuagens de seus clientes em suas próprias residências. Isso vai contra os princípios da biossegurança”. </font></span></p><p><span style="FONT-SIZE: 12pt; FONT-FAMILY: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-font-weight: bold"><font face="Verdana" size="2">Por esse motivo, Branco quer apoio para a criação de um Sindicato de Tatuadores e Body Piercing, cujo objetivo será fiscalizar se todos os profissionais deste segmento obedecem as normas de higiene em seus estúdios. Basicamente o estúdio deve dispor de paredes limpas, pisos frios, pintura a óleo e torneira com pedal. Além disso, o esterilizador utilizado deve ser o Auto-Clave, que, pode até mesmo esterilizar vidros. Na lista de materiais de praxe, devem configurar a biqueira, agulhas descartáveis e o aparelho ultra-sonico (treme a água livrando os materiais de possíveis bactérias). </font></span></p><p><span style="FONT-SIZE: 12pt; FONT-FAMILY: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-font-weight: bold"><font face="Verdana" size="2">O tatuador ainda aponta falhas em relação aos salões de beleza. Segundo ele, as estufas de esterilização presentes na maioria dos salões não conta com grau de esterilização adequado. “Seria necessário que os salões disponibilizassem o Auto-Clave. Os esterilizadores comuns não conseguem impedir que o vírus da Aids se propague”, afirma Branco, informando ainda que a fiscalização da SES tem sido eficiente, contudo, às vezes não tem conhecimento da lista de tatuadores autônomos. “Por isso eu quero a instalação de um sindicato próprio aqui em Mato Grosso do Sul”, resume. </font></span></p><p><span style="FONT-SIZE: 12pt; FONT-FAMILY: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-font-weight: bold"><font face="Verdana" size="2">Em contrapartida, tatuadores como Johnny Tattoo afirmam que a fiscalização deveria ser melhor. “Desde que mudei meu estúdio para outro endereço os fiscais não vistoriaram o local uma única vez. Isso faz uns cinco meses”, rebate o profissional. </font></span></p><p><span style="FONT-SIZE: 12pt; FONT-FAMILY: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-font-weight: bold"><font face="Verdana" size="2">A Lei Estadual nº 1.337, de 17 de dezembro de 1992, é de autoria do deputado estadual Maurício Picarelli (PTB). <br/></font></span></p>
As matérias no espaço destinado à Assessoria dos Parlamentares são de inteira responsabilidade dos gabinetes dos deputados.