Funasa desviou dinheiro dos índios burlando notas fiscais de requisições de abastecimento

27/10/2005 - 18:23 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p><font face="Verdana" size="2">Relatório da equipe de auditoria contratada pela CPI da desnutrição e mortalidade infantil indígena para analisar documentos da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) de Mato Grosso do Sul constatou desvio de dinheiro do governo federal em relação aos serviços de combustíveis dos veículos do órgão. Para a empresa de combustível Fernandes e Neto Ltda, situada em Campo Grande, a Fundação pagou duas vezes 1,5 mil litros de óleo diesel. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Consta também um contrato de R$ 77.150,00 firmado no dia 4 de março de 2004 com o Posto Paludo para o fornecimento de gasolina e álcool. A auditoria confirmou que no contrato várias certidões estavam ilegais, afinal, encontravam-se vencidas. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Com a Fernandes e Neto, a Funasa firmou um contrato de R$ 70 mil, em dezembro do ano passado. Após verificações feitas nestes contratos, foram detectadas requisições sem numeração, requisições sem datas, requisições com diversas rasuras e o mais preocupante: requisições de 3 de março de 2004, antes da assinatura do contrato. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">No caso da Fernandes e Neto, existem segundas-vias de requisições compensadas posteriormente ao abastecimento utilizado com as originais. Num primeiro pagamento efetuado no dia 1º de julho de 2004, foram compensados 400, 900 e 300 litros de óleo diesel. Mesmo montante cobrado em nota fiscal rubricada no dia 17 de agosto do mesmo ano, porém, com a última requisição modificada para 200 litros, ou seja, a de 300 foi rasurada para uma folha registrando 200 litros. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">A Funasa burlou notas fiscais de abastecimento com datas anteriores à assinatura do contrato. </font></p><p><font face="Verdana" size="2"><strong>Roubo</strong> – No mês de dezembro de 2004 foram averiguadas duas requisições suspeitas: uma de 8.695 litros assinada no dia 23 (reserva para janeiro) e outra de 2.401 litros de óleo diesel assinada no dia 30 (reserva vasilhame). A primeira nota foi paga no dia 27 de dezembro e a outra em janeiro deste ano. Foram pagos 11.906 litros de óleo diesel, antecipadamente, sem a utilização do mesmo. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">O relatório preliminar ao relatório final da CPI, que deve ser lido na semana que vem, aponta total falta de controle em relação ao consumo de combustível. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Na opinião do presidente da CPI, deputado estadual Maurício Picarelli (PTB), “é evidente que a Funasa desviou dinheiro da verba destinada à subsistência dos índios em Mato Grosso do Sul. Tudo isso aconteceu na gestão do ex-coordenador regional do órgão, Gaspar Hickmann. Ele terá que dar explicações à Justiça. Isso é só o começo, muitas pessoas ainda são culpadas”, relata Picarelli.<br/></font></p>
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